#OrochExpedition: diário de bordo Dia 5
Compras, fazendas e buraqueira sem fim. Estamos na fronteira. Santana do Livramento, bem na pontinha do mapa do Brasil, se confunde com Rivera, do lado Uruguaio. As cidades parecem uma só. Carros, motos e pedestres circulam livremente, indo de um país para o outro, como quem sai de casa e vai na padaria. E é assim mesmo: aqui, Brasil e Uruguai são separados por esquinas, praças, ruas e uma ou outra avenida.
Do lado brasileiro, o que há é uma típica cidade do interior, com bancos, pequenos comércios e órgãos públicos. No Uruguai, quem domina a paisagem são as casas de câmbio, lojinhas de produtos chineses, alguns ambulantes e muitos freeshops. A diferença de legislação entre Brasil e Uruguai permite que o nosso pequeno vizinho seja um forte destino para as compras.
Sem aquela loucura de Ciudade Del Este, no Paraguai, a uruguaia Rivera é até bem calma. É possível percorrer as lojas a pé com uma boa sensação de segurança. O Uruguai gosta - e valoriza - sua condição de país tranquilo.
A vocação para compras é levada a sério. Fora da zona central, são erguidos grandes centros de comerciais. Visitamos o novíssimo Melancia Shopping, com bons freeshops e infraestrutura que não deve nada aos bons outlets espalhados pelo mundo afora. Eletrônicos, perfumes, roupas, material esportivo e diversos itens importados podem ser encontrados com preços bem mais em conta. Vale a visita.
O pequeno mundo encantados das compras de Rivera precisa ficar para trás. Temos que pegar a estrada. Nosso destino é Paysandú, no noroeste uruguaio, fronteira com a Argentina e distante 350 quilômetros de Rivera. Antes, porém, é necessário carimbar passaportes no centro de imigração, informando motivos da viagem, tempo de permanência no país. Tudo muito simples, rápido e sem muita burocracia. Cinco minutinhos, na verdade.. Aqui vale lembrar que graças aos acordos de boa vizinhança entre membros do Mercosul, brasileiros podem entrar no Uruguai utilizando a carteira de identidade, sim, o RG mesmo.
Outro detalhe importante: se você pretende passear de carro pelo Uruguai, lembre-se de tirar a carta-verde, um seguro obrigatório exigidos pelos nossos vizinhos. Em Santana do Livramento, não faltam anúncios de lojinhas e despachantes oferecendo o serviço.
Bom, vamos para a estrada. Nossas DUSTER OROCH seguem tranquilas cortando o pampa uruguaio. O cenário é um só: grandes campos verdes, fazendas e muito gado. Só para se ter ideia o rebanho bovino do Uruguai é de 12 milhões de cabeças. Lembre que o país é pequeno e tem apenas 3,5 milhões de habitantes. Por isso, tanto aqui como do lado brasileiro a figura humana mais comum é o gaúcho: o vaqueiro dos pampas, sempre com seu cavalo, bombacha, lenço, chápeu…
Rodamos confortavelmente uns 130 quilômetros. Tudo levava a crer que teríamos um bom passeio pela frente. Pois é, parecia. Contudo, a partir Tacuarembó, quando deixamos a Ruta 5, e pegamos a Ruta 26, sentido Paysandú, nossas DUSTER OROCH tiveram que encarar um senhor tranco: 225 quilômetros de pura buraqueira. A estrada está em péssimas condições, completamente dominada pelas crateras. A picape foi bem, boa altura livre do solo, suspensão traseira independente (suspensão multilink) e novos pneus Michelin foram o destaque.
Pois é, meus amigos. Mas como somos brasileiros - e estrada ruim faz parte da nossa vida - a gente seguiu em frente: pouco a pouco fomos vencendo o desafio. O carros se comportaram muito bem, valendo o destaque para a boa suspensão da DUSTER OROCH, a precisão do volante e dirigibilidade do veículo. Ninguém merece uma buraqueira sem fim, mas nossas DUSTER OROCH encaram bem a parada. Estamos quase na Argentina. Chegamos, Paysandú!