#OrochExpedition: diário de bordo Dias 6 e 7
¡Bienvenidos a Argentina! Mal chegamos ao Uruguai e já estamos partindo. Parece muito, mas 350 km deste pequenino país servem apenas para nos lembrar que o Uruguai é verdadeiramente interessante. Apesar da buraqueira na estrada, o que vimos em Paysandú foi uma cidade cheia de vida, com bons comércios, cafés, restaurantes e muita gente nas ruas, reforçando a boa imagem que temos da terra do ex-presidente tranquilão Pepe Mujica.
Deixando Paysandú para trás, a missão do dia é chegar até a cidade de Rosário, que dista uns 350 quilômetros do nosso ponto de partida. Aqui na fronteira, uruguaios e argentinos são separados pelo grande Rio Uruguai. Os países estão conectados pela Ponte Internacional Paysandú Colon General Artigas, uma majestosa estrutura de concreto de 2350 metros, com um incrível vão livre de 330 metros.
No próprio acesso à ponte funciona os postos de imigração tanto da Argentina quanto do Uruguai. A burocracia aqui é mais lenta do que na fronteira em Rivera, mas não chega a dez minutos. Os oficiais perguntam questões sobre destino, objetivo da viagem, checam a documentação… Tudo ok. Para acessar a ponte, logo após as cabines de imigração, existem guichês de pedágio. Pagamos 240 pesos uruguaios por carro. Algo como 25 reais, em conversão arrendondada.
Ponte cruzada. Argentina, chegamos! A #OrochExpedition atinge o terceiro país, de um total de sete. A jornada pela terra dos hermanos vai atravessar umas das regiões mais bonitas deste incrível país. Cruzaremos o departamento (o mesmo que estado no Brasil) de Entre Rios. A viagem por aqui é literalmente só alegria: ótimas estradas, gente simpática e paisagens deslumbrantes.
Entre Rios fica cercada por água: de um lado, o Rio Uruguai, do outro o Paraná. Ambos gigantes, esses rios estão entre os maiores no continente que tem alguns dos maiores rios do mundo. Quando se encontram, próximo a Buenos Aires, formam o Rio da Prata, que possui a maior emborcadura de água doce do mundo. É muita água, amigos.
Para completar o cenário, cruzamos belas estâncias, haras, fazendas e curiosas lojinhas na beira da estrada. Escolhemos parar na Posta del Palacio, próxima a minúscula cidade de Caseros. Gostamos tanto do lugar que resolvemos tirar algumas fotos das DUSTER OROCH na porta. Intrigado, o simpático Federico Magri, dono da loja, veio nos perguntar o que fazíamos com aqueles carros que nem haviam sido lançados ainda (a DUSTER OROCH foi lançada na Argentina apenas na semana passada). Foi o suficiente para muita conversa boa.
Federico nos convidou para entrar na “tienda”. Lá, conhecemos Maria Griselda, sua mulher e sócia. Ela nos apresentou diversos produtos, como queijos, molhos, pimentas, temperos, artesanato. O simpático casal, contudo, se mostrou preocupado com os rumos da política brasileira Brasil: “Seu país está uma loucura. O pior é que se o Brasil não vai bem, a Argentina também não vai.”, comentou. Não dá pra discordar de Federico.
Tocando em frente fomos descobrindo que a viagem poderia ficar ainda mais agradável: a partir de Victoria, cerca de 75 km de Rosário, pegamos a Ruta Nacional 174, estrada que corta um sem número de lagos. Aqui, a água doce se confunde com mar. Não se vê margens: essa imensidão nos acompanha por mais de 60 quilômetros. A estrada é belíssima, repleta de animais selvagens. Ambiente perfeito para proporcionar às crianças uma viagem inesquecível #ficaadica :-)